• 8 de maio de 2024

Sindicomerciários Caxias realiza plenária da CTB sobre a conjuntura atual e desafios pra os trabalhadores e trabalhadoras

 Sindicomerciários Caxias realiza plenária da CTB sobre a conjuntura atual e desafios pra os trabalhadores e trabalhadoras

Na tarde do dia 11 de maio, após o ato solene de comemoração dos 90 anos da entidade, o Sindicomerciários Caxias sediou a plenária da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). O evento, realizado no auditório do sindicato reuniu lideranças sindicais de toda a região para realizar o debate sobre a “Conjuntura atual e os desafios para os trabalhadores e trabalhadoras em 2022”.

Para o debate foram convidados Adilson Araújo, presidente nacional da CTB; Guiomar Vidor, presidente da CTB-RS e Fecosul; Juliano Roso, ex-deputado estadual e presidente do PCdoB- RS; Assis Melo, ex-deputado federal (PCdoB), presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região e da Fitmetal;  e Nilvo Riboldi Filho, presidente do Sindicomerciários Caxias; com a medição de Ivanir Perrone, vice-presidente do sindicato.

LUTAS E DESAFIOS

Adilson Araújo, presidente nacional da CTB, fez um resgate da agenda de retrocessos que “foi iniciada pelo golpe que vivenciamos em nosso país, retirando uma presidente eleita democraticamente, para implementar uma agenda de retiradas de direitos dos trabalhadores, perseguir entidades sindicais e defesa dos trabalhadores”. Para Adilson, “não adianta somente reconquistar a presidência, é preciso que os trabalhadores também elejam representantes nos demais poderes, pois é preciso uma base de sustentação para um novo governo que priorize os trabalhadores, a população e para que sejam revertidas e até anuladas muitas das atrocidades cometidas contra os direitos dos trabalhadores”. Na visão do presidente da CTB, a Reforma Trabalhista trouxe apenas desemprego, precarização do emprego e a retirada dos direitos. “Em 2017, já tínhamos 37 milhões de trabalhadores informais, muito mais do que os com carteira assinada”. Adilson concluiu afirmando que as entidades e movimentos sociais serão novamente a base para a mudança e, que é preciso ajuda e cooperação, pois “não se conquista nada sozinho” e, citando Berthold Brecht, lembrou que não existe saída que não seja pela política.

Adilson Araújo, presidente nacional da CTB.

Guiomar Vidor relatou que todos sabem que estamos numa situação crítica, onde “mais de cem direitos foram retirados dos trabalhadores na implementação da agenda regressiva após o golpe. O que precisamos é, juntos, mudar essa situação. O trabalhador está vendo seu salário e poder de compra serem corroídos”. Guiomar resgatou a luta que vem sendo travada no RS em defesa do Piso Regional. O piso regional atende mais de 1,5 milhão de trabalhadoras e trabalhadores gaúchos dos segmentos mais vulneráveis presentes em setores e regiões em que a organização sindical tem menor alcance. São as domésticas, os assalariados rurais, motoboys, trabalhadores da saúde, indústria, do comércio e dos serviços que dependem do piso do RS para ter a melhora na sua renda e de suas famílias.   “Os empresários têm se posicionado sistematicamente contra a existência do piso. O aumento constante da inflação coloca ainda mais urgência no tema do reajuste do piso regional. Estamos aguardando que o compromisso assumido pela Casa Civil do governo, na manifestação do dia 9, de que haveria uma agenda em breve,se concretize. Não é preciso dizer da urgência do assunto, pois está escancarada a necessidade do reajuste de 15,5% no piso já; o povo trabalhador precisa recuperar sua renda, precisa colocar a comida na mesa!”, acrescenta.

Guiomar Vidor, presidente da CTB-RS e Fecosul.

O ex-deputado Juliano Roso, fez sua intervenção corroborando com os demais participantes da mesa e, afirmando que “precisamos retomar o governo, os trabalhadores e o povo precisam. E, para isso precisamos nos organizar, de maneira suprapartidária, em todos os municípios. O Brasil tem respostas a dar e temos capacidade para isso”.

Juliano Roso, ex-deputado estadual e presidente do PCdoB- RS.

Assis Melo aproveitou sua participação para parabenizar o Sindicomerciários Caxias pelos seus 90 anos, “Estivemos juntos em grandes lutas no decorrer das últimas décadas, como foi o caso da redemocratização, diretas, Emenda 3, reformas do Trabalho e da Previdência, e muitas outras. Ele é exemplo da real função dos sindicatos, lutar pelo direito dos trabalhadores e trabalhadoras”. E, conclamou a todos para a luta pela volta de um governo voltado para os trabalhadores e quem mais precisa. “É em momentos como este, em que sabemos que estamos num período muito complicado, de retrocessos, perdas de direitos, em que a mudança depende da união dos trabalhadores, que entidades como o Sindicomerciários são fundamentais, indispensáveis. São a voz na defesa dos trabalhadores. Só podemos parabenizar a todos que estiveram e estão a frente desta entidade nestes 90 anos de lutas e conquistas”. Contudo, “nossa luta está apenas iniciando, pois será preciso muito trabalho para reverter todo o estrago feito após o golpe. E, a mudança dependerá de todos nós”, concluiu.

Assis Melo, ex-deputado federal (PCdoB), presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região e da Fitmetal.

Nilvo Riboldi Filho, presidente do Sindicomerciários Caxias.

Nilvo Riboldi Filho agradeceu a todos os presentes, que também estiveram no Ato de Comemoração dos 90 Anos do Sindicomerciários Caxias, ressaltando a importância deste momento, deste debate, de podermos estar juntos novamente após dois anos de pandemia e, infelizmente milhares de mortes. “Receber a todos do movimento sindical em nossa nova sede no dia do nosso aniversário de fundação e poder contar com a participação de companheiros como Adilson, Juliano, Assis e o Guiomar, que é uma dos principais representantes da história do nosso sindicato, dos 90 anos de lutas e conquistas, é motivo de muito orgulho e satisfação”. Nilvo, ressaltou a fala de todos, afirmando que, como os demais debatedores afirmaram, é um momento de lutar para reverter os retrocessos, continuarmos firmes na luta pelos direitos dos trabalhadores, pela sua dignidade e vida”.

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