Sindicomerciários Caxias, CTB e Movimento Sindical participam da 3ª Feira do Jovem Aprendiz

Evento propõe mobilização por mais vagas a jovens aprendizes nas empresas
O Centro de Eventos dos Pavilhões da Festa da Uva, em Caxias do Sul, foram palco para a realização da 3ª Feira do Jovem Aprendiz, realizada dias 17 e 18 de setembro. Além da apresentação de painéis, 33 estandes de instituições e empresas levaram suas experiências com aprendizagem profissional para os participantes e visitantes. A iniciativa do Fórum de Aprendizagem Profissional da Serra Gaúcha e Ministério do Trabalho e Emprego foi gratuita e aberta a toda a comunidade, em especial, a jovens de 14 a 24 anos. O Sindicomerciários Caxias, CTB-RS e Movimento Sindical esteve presente com uma banca, levando informações das entidades e, sobre a votação do plebiscito pelo fim da escala 6×1 e, pela defesa da redução do Imposto de Renda para os trabalhadores que ganham até R$ 5 mil reais.
O tema deste ano da Feira de Aprendizagem foi “Aprendizagem profissional como estratégia de combate à evasão escolar e ao trabalho infantil”. A programação contou com painéis de lideranças políticas e institucionais, apresentações culturais e artísticas, atividades de orientação profissional, oficinas e exposição do trabalho prestado pelas instituições formadoras e empresas com atuação na aprendizagem profissional na cidade e na região.
Nilvo Riboldi Filho, presidente do Sindicomerciários Caxias, analisa que “além de ser um importante momento para levarmos nossa luta para os jovens e comunidade, a luta sindical, e esclarecer a importância do sindicato na vida profissional, um evento como a Feira do Jovem Aprendiz busca fortalecer o trabalho voltado a qualificação dos jovens para o mercado de trabalho. A aprendizagem é a porta de entrada da maioria dos jovens ao primeiro emprego e, momento de buscar o conhecimento, a qualificação. Todos ganham, os jovens com o conhecimento. As empresas com a qualificação dos trabalhadores e trabalhadoras, que estão se preparando para os novos desafios do mundo do trabalho”.

Cenário da Aprendizagem no RS
O Rio Grande do Sul tem uma demanda de 67.721 vagas para jovens aprendizes, mas somente 51.385 estão preenchidas. Ainda faltariam 16.336 contratações no Estado. Nos 43 municípios da Serra, território da gerência do Ministério do Trabalho, a demanda é de 6.049 vagas, com um cenário de 4.963 contratados. Restam 1.086 vagas para contratação.
Em Caxias do Sul existem cerca de 3.900 aprendizes contratados. O maior índice está na indústria, seguida pelo comércio e serviços, transportes, rurais e cooperativas. Dentro do que estabelece a lei, ainda faltariam em torno de 690 aprendizes para serem contratados. No Estado, estão habilitadas 385 entidades formadoras de aprendizagem profissional, com a oferta de 4.342 cursos.
O evento objetiva mobilizar a comunidade em geral em relação à eficiência da inclusão qualificada de jovens no mundo do trabalho como política pública. Também visa promover a integração entre jovens, empresas, entidades formadoras e poder público, ampliando as oportunidades de contratação de aprendizes, fortalecendo políticas públicas e incentivando a qualificação profissional. “A aprendizagem profissional é para todos e precisamos, cada vez mais, ampliar a oferta de vagas em vez de diminuir. Nossa luta tem um foco: nenhum aprendiz a menos e muita qualificação a mais”, ressalta a coordenadora da Aprendizagem/RS e auditora fiscal do Trabalho, Denise Brambilla González.

Pela obrigação legal, toda empresa, de médio e grande porte, deve contratar aprendizes numa equivalência de, no mínimo, 5% e, no máximo, 15% do total dos empregados que demandam formação profissional. A capacidade de vagas para a juventude pode ir muito além do que se encontra em vigor. Desse modo, Denise estimula a sociedade e as autoridades a se mobilizarem não pelo mínimo de 5%, mas pelo máximo, de 15%.
A coordenadora observa que a aprendizagem profissional tende a contribuir com a demanda de mão de obra qualificada, a qual é escassa em alguns setores. “Num prazo médio, empresas poderão ter jovens qualificados, oxigenando o ambiente e contando com a supervisão de trabalhadores experientes. Toda empresa qualificada investe na aprendizagem profissional. Novas profissões estão surgindo e necessitam de qualificação específica. Com certeza, a aprendizagem profissional coopera na saúde da sociedade”, enfatiza Denise.









