• 2 de dezembro de 2024

REUNIÃO NA PRESIDÊNCIA DA ASSEMBLEIA DISCUTE REAJUSTE DO SALÁRIO MÍNIMO DO RS

 REUNIÃO NA PRESIDÊNCIA DA ASSEMBLEIA DISCUTE REAJUSTE DO SALÁRIO MÍNIMO DO RS

Ocorrida na manhã desta quarta-feira, 16, reunião chamada pelo presidente da Assembleia Legislativa do RS, deputado Valdeci Oliveira (PT), tratou dos encaminhamentos da pauta de reajuste do Salário Mínimo Regional do RS, o “piso regional”, para este ano. A reunião contou com a presença do Fórum das Centrais Sindicais, de representantes dos empresários e do parlamento.

Para os representantes dos trabalhadores e trabalhadoras, é urgente repassar a inflação do último ano, 10,60%, mais os 4,5% de reajuste não concedido em 2020, totalizando um índice de 15,58%.  

O presidente da ALERGS disse que o objetivo desse encontro foi de  aproximar os segmentos envolvidos na discussão e viabilizar uma mesa de negociações para que se possa construir um consenso.

POR UMA POLÍTICA PERMANENTE DE VALORIZAÇÃO 

O presidente da CTB RS, Guiomar Vidor, apresentou a pauta das Centrais Sindicais, defendeu a construção de uma política permanente de valorização do piso regional. “A CTB e o Fórum das Centrais Sindicais defende a criação de uma política permanente de valorização do piso regional. Como funcionaria? haveria a reposição automática das perdas com a inflação e índices acima desse patamar, que poderiam ser concedidos conforme o desempenho da nossa economia, seriam negociados em fórum tripartite: entre governo, trabalhadores e empresários”, propôs.

O Deputado Fernando Mainardi (PT), fez referência ao projeto que tramita na ALERGS para estabelecer a politica permanente de reajustes, e defendeu sua importância para economia e distribuição de renda, sobretudo aos mais pobres.

EMPRESÁRIOS

A representação dos empresários, no entanto, fez questão de bater na sua já conhecida e velha tese de que o piso regional seria prejudicial à competitividade do estado e que não ajudaria a gerar empregos.

O vice-presidente da Fecomércio, André Roncato, disse que a entidade defende a extinção do salário mínimo regional. Ele estava ao lado do vice-presidente da Federasul, Rafael Goelzer, e do diretor da Fiergs, Guilherme Scozziero Neto.

Para Vidor, tal argumento é desprovido de realidade e contraria a história do piso regional no RS, que existe desde 2001 e não gerou desemprego. “É claro que não prejudica a competitividade. Santa Catarina e Paraná, estados da Região Sul com características socioeconômicas semelhantes as do Rio Grande do Sul reajustaram os seus salários mínimos estaduais entre 2020 e 2022, cumulativamente, em 22,3% e 23,7% respectivamente. Lá não houve desemprego e os índices de crescimento econômico estaduais são inequívocos. Aqui no RS, no entanto, o piso regional teve um reajuste de apenas 5,53%”, informou.

E acrescentou: “rebaixar a massa salarial no Estado em detrimento do sofrimento das famílias por conta dos efeitos da pandemia e diante do assustador aumento de preços dos alimentos da cesta básica, do gás e da energia elétrica é desumano.” Somente nos últimos dois anos estes ítens cumulam altas de 34,9%, 46,2% e 49,2% respectivamente, segundo pesquisa do DIEESE.

MAIS DE 1,5 MILHÃO DE FAMÍLIAS

O piso regional atende mais de 1,5 milhão de trabalhadores gaúchos dos segmentos mais vulneráveis presentes em setores e regiões em que a organização sindical tem menor alcance. São as domésticas, os assalariados rurais, motoboys, trabalhadores da saúde, indústria, do comércio e dos serviços que dependem do piso do RS para ter a melhora na sua renda e de suas famílias.

“A valorização do Salário Mínimo do RS, o “piso regional” é fundamental para combater as desigualdades, melhorar a renda do trabalho e o ampliar o consumo, isto faz a roda da economia girar. É bom para todos, e ajuda na superação da crise gerada pela pandemia!”, completou vidor.

Por sugestão do presidente da ALERGS, ficou agendada uma próxima reunião entre as partes para o próximo dia 30 de março às 10h na sala da presidência.

Fonte: CTB-RS

Comerciários

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