• 11 de outubro de 2024

Protesto contra os juros altos do BC também pede saída de Campos Neto

 Protesto contra os juros altos do BC também pede saída de Campos Neto

Um ato unitário das centrais sindicais, movimentos populares e partidos marcou o protesto pela queda de juros do Banco Central na manhã desta terça-feira, 20, na capital gaúcha. Também foi exigida a saída imediata do presidente do BC, Roberto Campos Neto, nomeado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com mandato até 31 de dezembro de 2024. Campos Neto tem mantido a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano, a mais alta do mundo.

O ato, ocorrido na frente da sede do Banco Central, no centro histórico de Porto Alegre, foi o maior dos últimos meses. Essa mobilização maior, segundo o presidente da CTB RS e da Fecosul, Guiomar Vidor, reflete a urgência dessa luta pela redução dos juros, fator essencial para a retomada do desenvolvimento do país. “Nessa manifestação houve mais força e presença por parte das centrais, com ampliação de participação dos movimentos sociais e partidos”, acrescentou.

Para as centrais sindicais, é inadmissível a permanência de Campos Neto à frente do BC. No entendimento do movimento sindical, ele é – claramente – um bolsonarista que está comandando um espaço decisivo para a política econômica do Brasil, mas sem haver sido eleito pelo voto popular.

O ato marcou o Dia Nacional de Luta contra os Juros Altos, convocado pela CTB e pelas centrais sindicais. A manifestação foi realizada no primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que termina no final da tarde desta quarta-feira (21) com o anúncio da Selic para o próximo período.

Vidor disse ainda que a luta contra a alta taxa de juros deverá ser permanente até que se tenha uma harmonia em relação à política econômica transformadora e geradora de desenvolvimento e empregos, que o Brasil necessita agora.

Fonte: CTB RS

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