• 19 de abril de 2024

IBGE aponta crescimento do desemprego e número de trabalhadores sem carteira assinada

 IBGE aponta crescimento do desemprego e número de trabalhadores sem carteira assinada

O índice de desemprego no Brasil atingiu 12,2% no trimestre encerrado em janeiro de 2018. Isso significa que 12,7 milhões de pessoas estão desempregadas no país. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo pesquisa, há uma redução significativa da queda do número de trabalhadores com carteira assinada. O contingente de pessoas ocupadas em empregos formais é estimado em 33,3 milhões em janeiro – uma queda de 1,7% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado, o que significa uma perda de 562 mil empregos formais.

Para o IBGE, o índice de desemprego só não continuou em queda no trimestre encerrado em janeiro por motivos sazonais, época em que temos a busca por vagas temporárias. Se não fosse a sazonalidade, teria ocorrido outra queda no índice de desemprego. O resultado também é amenizado pela busca de empregos “precarizados”, sem direitos ou carteira assinada, de acordo com o levantamento, a população ocupada aumentou em mais de 1,8 milhões de pessoas em relação a janeiro do ano passado, contudo, deste total, 986 mil pessoas são de trabalhadores por conta própria.

Silvio Frasson, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio (Sindicomerciários), acredita que o resultado era esperado, já que “o maior objetivo da reforma Trabalhista foi retirar os direitos dos trabalhadores, e que os movimentos sindicais e, até mesmo, entidades de juízes e advogados trabalhistas já alertavam para o crescimento do trabalho precarizado, sem direitos e segurança”. Frasson alerta que, além de não ter os direitos resguardados, os trabalhadores ainda recebem menos e, que, futuramente, caso não seja feito a contribuição nesse período, poderá acarretar na inviabilização da sua aposentadoria. “Fizeram uma reforma a toque de caixa, alterando mais de 100 artigos da CLT, visivelmente para favorecer o seguimento dos empresários, colocando a contribuição sindical como um ‘boi de piranha’, para esconder os reais interesses do governo, que busca pagar a conta do golpe. Só teremos uma melhora nos empregos quando retomarmos a produção e, voltarmos a ter poder de compra, como foi na época recente, quando estávamos numa situação de pleno emprego”, conclui.

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