• 4 de novembro de 2025

CTB defende redução da jornada e fim da escala 6×1 durante audiência pública na Assembleia Legislativa

 CTB defende redução da jornada e fim da escala 6×1 durante audiência pública na Assembleia Legislativa

Por iniciativa do deputado federal Elvino Bohn Gass (PT/RS) e com a participação do deputado Luiz Gastão (PSD/CE), foi realizada uma Audiência Pública no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul para debater a redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6×1.

O encontro reuniu centrais sindicais, confederações, federações e sindicatos de diversas categorias, que reafirmaram seu apoio à aprovação do Projeto de Lei 67/2025, de autoria da deputada Daiana Santos (PCdoB/RS). A proposta busca assegurar melhores condições de trabalho, saúde e vida para trabalhadoras e trabalhadores, garantindo dois dias consecutivos de descanso semanal e o fim do modelo exaustivo de seis dias trabalhados para apenas um de folga.

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS) marcou presença na audiência, reforçando seu compromisso histórico com a luta pela redução da jornada de trabalho sem redução salarial.

O presidente estadual da CTB, Rodrigo Callais, foi enfático ao afirmar que “é hora de transformar o debate sobre a jornada em uma conquista concreta para a classe trabalhadora. Significa viver melhor, com mais saúde, tempo para a família e qualidade de vida”.

Callais também ressaltou que o tema não é apenas uma pauta sindical, mas um projeto de país. “Defender a redução da jornada é defender um novo modelo de desenvolvimento, com emprego, renda e valorização do trabalho. O Brasil precisa avançar na direção de um trabalho decente e de uma economia que coloque as pessoas no centro.”

Representando a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC) e a FECOSUL, Guiomar Vidor destacou a trajetória de décadas de luta dos comerciários em defesa de uma escala mais humana e equilibrada. “A luta pelo fim da escala 6×1 é também a luta pela dignidade. O comércio, como tantos outros setores, mostra diariamente o quanto a carga excessiva compromete a saúde e o convívio social dos trabalhadores. No mundo inteiro, experiências com jornadas reduzidas têm mostrado ganhos de produtividade, redução do adoecimento e melhoria nas relações humanas”, afirmou.

Vidor também ressaltou que o movimento sindical brasileiro precisa ocupar o centro desse debate, levando à sociedade a compreensão de que reduzir o tempo de trabalho é aumentar o tempo de vida.

Audiência reforça mobilização nacional e aponta próximos passos

Durante a audiência, representantes empresariais argumentaram sobre supostas dificuldades de implementação de novas regras trabalhistas. No entanto, as centrais sindicais apresentaram estudos e experiências internacionais que comprovam as vantagens econômicas e sociais da redução da jornada, como o aumento da produtividade, a geração de empregos e a melhoria do bem-estar coletivo.

Para a CTB, o encontro serviu como espaço de mobilização e de visibilidade pública de uma agenda que se conecta diretamente às demandas do Plebiscito Popular e às bandeiras históricas do movimento sindical brasileiro.

Ao final, as entidades presentes reafirmaram o compromisso de transformar as perguntas do plebiscito em uma grande campanha nacional unificada, em defesa de Jornada reduzida sem redução de salários, fim da escala 6×1 e garantia de dois dias seguidos de descanso, mais e melhores empregos, com valorização do trabalho decente

“O Brasil precisa dar um passo civilizatório. A luta pela jornada digna é também a luta por um novo projeto nacional de desenvolvimento, que respeite o ser humano e supere o modelo de precarização que tanto adoece e desumaniza o trabalho”, concluiu Callais.

Comerciários

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