• 28 de março de 2024

Ato ecumênico no Rio faz tributo aos 500 mil mortos da pandemia; velas também em São Paulo

 Ato ecumênico no Rio faz tributo aos 500 mil mortos da pandemia; velas também em São Paulo

Foram acendidas 500 velas na Cinelândia, Rio de Janeiro, além de muitas outras cidades pelo país. Participaram líderes de diversas religiões

Um ato ecumênico inter-religioso foi realizado no Rio de Janeiro na noite desta segunda-feira (21) em tributo aos 500 mil mortos pelo coronavírus no país desde o início da pandemia. Foram acendidas 500 velas na Cinelândia, na região central da cidade, em nome de um lamento coletivo pelas pessoas que se foram e em acolhimento às famílias enlutadas. O ato também cobrou vacinação para todos, auxílio emergencial e ações de combate à fome.

A celebração, chamada “500 velas em memória das 500 mil vidas vítimas do covid-19”, faz parte de uma série de mobilizações por diversas cidades do país, que ocorre nesta segunda e amanhã (22). A organização está ligada ao grupo do Manifesto Respira Brasil em Defesa do Povo Brasileiro, que defende vacina pelo SUS, oxigênio para todas e todos, auxílio emergencial de R$ 600 mensais até o fim da pandemia.

Em São Paulo, movimentos sociais também acenderam velas para as 500 mil vítimas da covid-19 no pais, e em protesto contra o governo Bolsonaro. O ato foi realizado no Largo da Memória, perto do Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista.

‘Não há lenços suficientes’

Após acender as velas, os participantes do ato que estavam na Cinelândia fizeram um minuto de silêncio, leram um manifesto e uma poesia. A seguir, o ato seguiu por meio de uma live com representantes de diversas vertentes religiosas. O teólogo Leonardo Boff foi um dos primeiros a falar e resumiu o sentimento coletivo. “Não há lenços suficientes para enxugar tantas lágrimas”, disse o religioso, lembrando tratar-se de um lamento por vidas que não precisavam ser perdidas. “Atrás disso há um governo que não ama a vida”, afirmou. “Haverá o dia que terá o juízo dos homens e de Deus e (os responsáveis) devem responder por essas mortes injustamente acometidas.”

Boff lembrou também das vítimas da fome do Brasil e do mundo inteiro e, ao final, salientou que “nos consola a certeza de que (as vítimas da covid-19) caíram nos braços de Deus pai, de Deus mãe, em infinita bondade e amor. Chegaram no coração, na fonte da vida”, disse, antes de encerrar afirmando que “sejamos como essas luzes (das velas). A luz é o maior símbolo da vida. Que essa luz fique dentro de nós, nos dando coragem, iluminando nosso caminho”.

Inter-religioso

Além dele, falaram o xeque Adam Muhammad, Mãe Nilce D’Iansã, da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras, o rabino Nilton Bonder e a pastora evangélica Lusmarina Campos. O ato ecumênico também contou com apoio da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, Coletivo Memória e Utopia, Paz e Esperança Brasil. O Instituto Casa Comum, Judeus pela Democracia, Comissão de Justiça, Paz e Integridade da Criação – CJPIC, Movimento de Juventudes e Espiritualidades Libertadoras, entre outras instituições.

Por Redação RBA

Fotos: facebook / frentedeevangelicos e Elineudo Meira / @fotografia.75

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