4º Congresso da CTB-RS tem como foco resistência e luta pela democracia e direitos sociais
O 4º Congresso Estadual da CTB começou, na manhã desta quinta-feira (1º/6), no auditório da Fetag, em Porto Alegre, com o objetivo de debater estratégias de resistência e luta pela democracia e pelos direitos sociais. Já na mesa de abertura, as falas foram no sentido de combater as reformas trabalhista e da Previdência, propostas pelo Governo Federal, retirar Temer da presidência e conquistar eleições direitas imediatas no país.
O presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor, fez um balanço positivo das ações da entidade, desde a sua criação, mesmo com as adversidades políticas enfrentadas pelo movimento que representa a classe trabalhadora no Brasil. “Conseguimos nos fazer presentes em diversas regiões do estado e em todas as categorias de trabalhadores. Tivemos um crescimento muito grande, passando de 60 sindicatos para 160. Além disso, exercemos um papel destacado na defesa dos direitos dos trabalhadores”, avaliou Vidor.
O presidente da FETAG-RS, Carlos Joel, saudou a Central e falou sobre como é bom olhar para uma entidade que enxerga e defende os direitos dos trabalhadores rurais, algo que antes da criação da CTB não existia.
O deputado estadual, Juliano Roso (PCdoB), falou sobre a inaceitável dívida do Estado, que, segundo ele, quanto mais se paga, mais se deve. Até hoje já foram pagos R$ 25 bilhões, ainda deve-se R$ 57 bilhões e esse número tende a aumentar muito. “O governador Sartori acha que encontrou a solução com o acordo feito com o Governo Federal, que suspende o pagamento da dívida por três anos. Mas quando voltar a pagar, a conta será de R$ 87 bilhões”, explica o deputado. Além disso, o parlamentar criticou a contra partida do acordo que obriga o fechamento de importantes fundações e entidades estaduais, juntamente com o congelamento do funcionalismo público, que fica por 10 anos sem reajuste, nomeações e concursos.
A secretária-geral da CTB-RS, Eremi Melo, lembrou que o 4º Congresso acontece no ano que se celebra os 100 anos da Revolução Russa. “Isso nos faz lembrar que nosso povo precisa se levantar e lutar contra as investidas que ameaçam a classe trabalhadora brasileira. Nós, mulheres, ainda somos as mais atingidas pelas medidas propostas pelo Governo Federal nas questões da saúde, moradia e alimentação”, alertou.
O presidente nacional da CTB, Adílson Araújo, afirmou que tem sido muito gratificante tocar o projeto da CTB, apesar de ser extremamente difícil exercer as funções de dirigente sindical. “A mídia tenta o tempo todo deturpar a figura do dirigente. Além disso, em vários momentos, não temos tempo para cuidar de nossos filhos, abraçar nossos amigos. Não chegamos até aqui por acaso, é consequência de um trabalho muito acertado. A CTB demanda um esforço para conseguir fazer sindicalismo no campo, que é muito mais difícil que fazer nas cidades. Mais assim conseguimos integrar mais uma cor para o nosso movimento. Construímos uma bonita história. Estamos num momento particular da nossa vida. Contudo, seguimos trabalhando para melhorar o salário e as condições de vida de todos os trabalhadores. Lutamos pelo empoderamento da classe trabalhadora”, relatou Araújo, que, ao final de sua fala, pediu que todos aplaudissem o sindicalismo do Rio Grande do Sul.
Também participaram da mesa representantes das centrais sindicais CUT, CGTB e CSP-Conlutas; o vice-presidente nacional da CTB, Vicente Selistre; o vice-presidente da Contag, Alberto Broch; o coordenador do Movimento Sem Terra, Cedenir Oliveira; e o representante da Amatra, Marcos Salomão.
Fonte: CTB-RS, por Aline Vargas