• 13 de outubro de 2024

Combustíveis não param de aumentar, gás fica mais caro e inflação continua subindo

 Combustíveis não param de aumentar, gás fica mais caro e inflação continua subindo

Taxa foi a maior para março desde 2015, acumulando 5,52% em 12 meses. Apenas a gasolina aumentou 11%. Foi a nona alta seguida. O gás de botijão (4,60%) sobe há 10 meses

Por Vitor Nuzzi, da RBA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) chegou a 0,93%, bem acima de fevereiro e com a maior taxa para março desde 2015, segundo o IBGE. A “prévia” da inflação oficial somou 2,21% no primeiro trimestre, maior índice desde 2016. Em 12 meses o IPCA-15 sobe para 5,52%.

Combustíveis e gás, tanto encanado como de botijão, puxaram o resultado do mês. Mas, dos nove grupos pesquisados pelo instituto, oito tiveram alta – a exceção foi do grupo Educação. Todas as regiões também registraram aumento da inflação.

Gasolina tem nona alta

A maior variação foi de Transportes: alta de 3,79% e impacto de 0,76 ponto percentual no resultado de março. Habitação teve aumento de 0,71%, somando mais 0,11 ponto.

Com alta de 11,18%, apenas a gasolina representou impacto de 0,56 ponto. Ou seja, mais da metade do índice total. O produto subiu pelo nono mês seguido. O IBGE apurou ainda aumentos do etanol (16,38%), óleo diesel (10,66%) e gás veicular (0,39%).

Gás cada vez mais caro

Ainda nesse grupo, o preço médio dos automóveis novos aumentou 0,99% e o dos usados, 0,30%. O seguro de veículos teve alta de 2,57%. O ônibus urbano subiu 0,42% e o trem, 1,61%. O IBGE registrou quedas nos itens transportes por aplicativo (-2,38%) e passagens aéreas (-2,01%).

Em Habitação, o preço do gás de botijão subiu pelo décimo mês. Em março, aumentou de 4,60% (0,05 ponto). O gás encanado e a taxa de água e esgoto continuaram tendo elevação, desta vez de 2,52% e 0,68%, respectivamente. Já a tarifa de energia elétrica, que havia caído em fevereiro, agora subiu 0,05%.

Alimentos sobem menos

O grupo Alimentação e Bebidas deu certa trégua, desacelerando de 0,56%, em fevereiro, para 0,12%. Mesmo assim, um impacto de 0,03 ponto. Depois de sete meses, alimentos para consumo no domicílio tiveram queda (-0,03%). O IBGE destaca tomate (-17,50%), batata inglesa (-16,20%), leite longa vida (-4,50%) e arroz (-1,65%). O preço das carnes aumentou 1,72%.

Por sua vez, a alimentação fora do domicílio teve alta de 0,49%, ante 0,56% no mês anterior. O preço do lanche aumentou 0,64%, em média, e o da refeição, 0,33%.

Aumento generalizado

Entre as regiões, a maior alta da inflação foi apurada na região metropolitana de Belém (1,49%) e a menor, no Grande Rio de Janeiro (0,52%). Em São Paulo, a variação foi de 0,67%. No acumulado em 12 meses, o IPCA-15 vai de 4,92% (Grande São Paulo) a 7,04% (região metropolitana de Fortaleza).

O IPCA e o INPC deste mês serão divulgados em 9 de abril.

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