• 13 de outubro de 2024

Ato em Porto Alegre reforça luta em defesa da democracia e contra golpismo

 Ato em Porto Alegre reforça luta em defesa da democracia e contra golpismo

O 11 de agosto marcou, novamente, um momento histórico para o país. Quarenta e cinco anos após a leitura de carta contra a ditadura em 1977, na Faculdade de Direito da USP, diversos atos pelo país — puxados pela leitura, no mesmo local, da “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito”, cujas assinaturas ultrapassam 940 mil — foram realizados, como forma de fazer frente à escalada golpista.

Em Porto Alegre (RS), um dos principais momentos das manifestações ocorreu pela manhã, em ato realizado na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que reuniu centenas de apoiadores e lideranças políticas e sociais, para a leitura da carta. Também foi realizada caminhada de estudantes por ruas do centro, desde o histórico Colégio Júlio de Castilhos até o local do ato.

Durante o ato, também foi lida manifestação da Faculdade de Direito da UFRGS à comunidade gaúcha. A faculdade, diz o texto, “vem manifestar seu compromisso de defesa do sistema constitucional pátrio. Este compromisso se traduz no repúdio a qualquer suspensão ao sistema eleitoral que tanto tem orgulhado a nação brasileira e na defesa dos ideais democráticos pelos quais esta faculdade tem se pautado”.
Também diz que “a Faculdade de Direito do RS, ao longo de seus 122 anos, sempre foi local de convivência de ideias divergentes no conteúdo, mas convergentes na crença de que sem um sistema democrático sólido e o Estado Democrático de Direito, não há ideias que se defender, nem direito que possa imperar. Por fim, o texto conclama todos a estarem “atentos e ativos na defesa dos valores aqui ensinados e a manutenção da democracia e da ordem constitucional em nosso país”.

Ao longo do ato, houve manifestações de participantes e representantes de entidades de direito e estudantis e também a leitura de mensagem do presidente do TSE e ministro do STF, Edson Fachin. “Em um momento decisivo da história da República, a preservação da paz, das instituições democráticas e do regime de liberdades, endereço uma causa inapelável e urgente a demandar uma vigilância ativa e perseverante por parte de todos os segmentos públicos e sociais”.
“A defesa da ordem constitucional e consequentemente da dignidade humana”, continua a mensagem, “impõe a rejeição categórica do flertar com o retrocesso, e com isso a recusa incondicional e a improtelável coibição de práticas desinformativas que pretendem, com perfumaria retórica, e pretextos inventados, justificar a injustificável rejeição do julgamento popular”.
Na capital gaúcha, também houve caminhada até o Palácio Piratini, sede do governo do estado, onde ocorreu protesto do movimento estudantil em defesa do meio-passe e das centrais sindicais pelo reajuste do Piso Regional.

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